segunda-feira, 22 de junho de 2009

Um século depois...Slavónia revisitado


Mais uma DEEPDIVEtrip à magnífica Ilha das Flores. Segunda-Feira, e já vamos a meio da campanha, com muito boa companhia, bons mergulhos e boa comida (temos um cozinheiro profissional no grupo).

Fazendo um rescaldo dos mergulhos realizados, destacamos os dois realizados na costa do Lajedo (Ilhéu da Costa Rasa) local do naufrágio do transatlântico Slavónia, assinalando desta forma a efeméride, precisamente 100 anos depois.
O Slavonia

Trata-se de um transatlântico pertencente à Cunard, construído em 1902, e que se destinava a transportar, à ida, emigrantes para os E.U.A. e, à volta, passageiros de Nova Iorque para Liverpool. Foi precisamente numa destas viagens - quinta-feira 3 de Junho de 1909 que o Slavonia rumou em direcção à Europa com destino a Trieste. Esta seria a sua última viagem, e nela tomavam parte 225 tripulantes e 372 passageiros de 1ª e 2ª classe.

Passando a 160 km a Norte da Ilha do Corvo, alguns passageiros fizeram chegar uma carta ao Comandante Arthur Duning, com um pedido para observar as ilhas do arquipélago dos Açores. Acedendo ao pedido o Comandante contornou a ilha das Flores a 6 milhas náuticas a Sul. No entanto, a 9 de Junho registou-se um forte nevoeiro associado a uma também forte corrente marítima que desviou o Slavonia do rumo, levando-o a entrar proa adentro pela costa do Lajedo. Deste violento embate resultou um S.O.S. desesperado, prontamente recebido e correspondido por outros transatlânticos que se encontravam mais próximos.

O embate violento e agitação do mar provocou o colapso do compartimento estanque da ré, levando a popa a mergulhar profundamente no mar.

Deste trágico acontecimento não resultaram vítimas, em grande medida pela acção dos transatlânticos Prinzess Iren e Batavia e pelo cabo vaivém passado entre o navio e a costa. A 16 de Junho de 1909 a seguradora Lloyd's declarou a perda total do navio.

Depois de ver os planos e imagens do Slavónia e dos excelentes mergulhos já realizados no local, ponderamos mais umas saídas pelos destroços que se estendem por uma vasta área, dos quais podemos destacar vários materiais nobres, componentes da estrutura e maquinaria do navio.

Assim justificámos estes mergulhos únicos e irrepetíveis.


Nesta breve síntese da nossa estadia, não posso deixar de referir a Aldeia da Cuada e a extraordinária casa rústica que alberga toda a comitiva.

João Ventura

Fotos: Cláudio Dias e web.


6 comentários:

Buddy-da-Onça (ex-Burrié) disse...

A chincha sempre em forma!!!!! ... hum ... hum só uma coisinha apenas Comandante... cadé as fotos?????

Bjs e a continuação de excelentes mergulhos!!!!

Zana disse...

Afonso! Sempre em grande!!!
Divirtam-se e deixem a casa arrumada para os próximos ;)

Anónimo disse...

Afonso!!!! que nome ... De branco, que inocencia!... Resta-me olhar e ver que sabes mergulhar. No entanto não confundas as rochas com alguma baleia.

Anónimo disse...

Foi muito bom!

Sónia Dias

JP disse...

Pessoal das Flores!

Grande espírito. Bom demais.

Reportagem para breve no Mar da Chincha.

Um abraço para todos

João Ventura

Anónimo disse...

Já lá voltava!!!!!!!

O teixeira ficou a virar o ................


Abraço

Cláudio