Acabadinhos de chegar (ontem) da ilha das Flores, temos obviamente mil e uma aventuras para contar, mas isso ficará para cada um de nós contar, pois eu por aqui vou apenas fazer um pequeno "relato"daquela que foi mais uma super semana de bons mergulhos e excelente ambiente.
Com grupo pequeno ( 9 pessoas) em tamanho, mas enorme em boa disposição, passámos uma semana relaxante e "recheada" de actividades, onde os pontos altos não faltaram.
A casa. Indoor- Um casarão com duzentos anos (ou mais), restaurado (como deve ser), com 6 quartos no piso superior, e um open space no piso térreo com 3 áreas distintas, sala de estar, salão de refeições com mesa corrida de mais de 6 metros de comprimento, e cozinha equipada.
Outdoor- Uma mega área relvada, com mesa, espreguiçadeiras e até uma super pista de caricas construímos e que grandes momentos desportivos vivemos!! =)
A alimentação. Acabados de chegar e logo o meu amigo Mauro se encarregou de entregar a encomenda feita previamente, 15 quilos de Novilho acabado de sair do matadouro, mais 1 Peixe de 12 quilos pescado na noite anterior, ao que se juntou a entrega de um açafate de marisco com 6,5 quilos....bem, a juntar a tudo isto, tínhamos um "Chef" profissional, o Gonçalo Lourenço, proprietário de um restaurante conhecido, no Luso, podem então tentar adivinhar o que foram as nossas refeições durante a passada semana, numa casa com 2 grelhadores de carvão no exterior e mais 1 no interior, e com um stock ilimitado de "jolas" e vinho.... enfim, sem palavras.
As festas de São João. Já se está a tornar um habito marcarmos as nossas viagens ás Flores em épocas festivas, no ano passado foram as festas do Emigrante, este ano foram as Festas de São João e para daqui a 15 dias, de novo as festas do Emigrante!
Resultado, "Barraquinhas/Restaurante" num recinto junto á pista do aeroporto destinado ao efeito, um palco de dimensões generosas, e uns "artistas" em cima e fora do palco a "abrilhantar" toda aquela grande festa. Como sou amigo de alguns dos donos desses "restaurantes" e em especial, do meu grande amigo de longa data Jorge Lopes, estava lá como ao balcão da DEEPDIVE, e não faltou nada ao nosso grupo, e em especial, "jolas" com fartura, chouriço assado e costeletões de vitela, e vocês nem imaginam, mas este restaurante/bar era tão bom, mas tão bom, que até tinha um concerto dos Xutos e Pontapés ali pegado a fazer barulho para não nos deixar conversar em paz. =)
Last but not least, os mergulhos, a razão principal da nossa visita aquele paraíso perdido. Tivemos muita sorte em ter o mar completamente parado naquela que é a costa mais agreste de toda a ilha, a "Costa do lagedo", entre o Lagedo e Ponta Delgada, zona onde acabámos por realizar todos mergulhos (10) que nos proposemos fazer.
Com profundidades médias entre os 15 e os 25 metros, salvo raras excepções, percorremos toda a área acima mencionada, zonas que anteriormente só muito raramente tinhamos tido condições para operar, dos locais visitados destaco, o ilheu Maria Vaz, o ilheu do Monchique (o ponto mais ocidental da Europa) a ponta da Fajã (onde repousam os restos do naufrágio "Papadiamandis" um cargueiro Liberiano com 210 metros de comprimento) e o mais importante, o naufrágio "Slavónia" sobre o qual já o João Ventura escreveu neste blog, razão pela qual não vou acrescentar mais nada a não ser o facto de lá termos feito 3 excelentes mergulhos, e lá termos retirádo duas escotilhas em bronze, que viemos oferecer ao bonito museu de Santa Cruz das Flores. A razão para a recolha destas importantes peças deste naufrágio, atitude contrária ao que nos é habitual, prende-se com dois factores especificos.
O primeiro pelo facto de fazer neste preciso momento 100 anos do naufrágio da importante embarcação e o museu das Flores poucas peças ter respeitantes a ele.
E a segunda e mais importante razão, foi pelo facto de termos tido conhecimento de que uns elementos pertencentes a uma conhecida escola de mergulho daqui do continente, terem recolhido peças semelhantes, cujo o paradeiro é completamente desconhecido, razão que nos levou á recolha, para que estas ultimas peças não conhecessem o destino das anteriores, e acabarem num local onde todos as possamos apreciar num contexto dedicádo aquele tão importante naufrágio.
Para terminar, resta-me referir que infelizmente a temperatura da agua ainda não ter subido e estar ainda nos 18º/19º, o que não nos afectou, pois estavamos quase todos de fato seco, esperamos que entretanto, suba 2º a 4º para a nossa próxima visita( daqui a 15 dias aprox), quanto á visibilidade, tambem não foi a habitual, e que apesar de muito boa, sempre entre os 15 e os 30 metros, estariamos á espera de mais, e certamente será melhor para o próximo mês.
Não vejo a hora de voltar!!!
Fotos (mais em breve) : Claudio Dias
3 comentários:
Tozé
Esqueceste-te do "sabor alucinante".
Sónia Dias
Também já voltava.
Tens razão Sónia...neste post falta mesmo o "sabor alucinante", que afinal esteve presente em toda a viagem.
João Ventura
Informo os participantes desta fantastica viagem que já se encontra na DEEP DIVE de Sesimbra com o ALex o DVD com as fotos.
Abraços
Cláudio
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