Boas, cá estou de novo para as crónicas mergulhísticas! Começo por falar nos mergulhos de Domingo pelo simples facto de que, devido às ameaças de bloqueio do porto, decidimos não arriscar e cancelámos as saídas previstas para Sábado.
Nove horas! Rumámos à baixa do cabo Espichel por entre vagas e ventanias (nada de especial). Chegados ao spot, e após o briefing, lá vem a inércia e a lenta montagem de equipamento. Desta vez nem foi das piores, pois com a vaga que se fazia sentir o pessoal até se apressou. Divididos em três grupos, cada um deles com um instrutor a liderar, lá iniciámos a descida.....contra uma fortíssima corrente… a fazer lembrar muitos mergulhos nas ilhas. Resultado: dos três grupos, apenas dois atingiram o fundo, e destes, apenas um foi mesmo "passear". A razão para este facto deveu-se fundamentalmente a alguns dos presentes não estarem habituados a lidar com uma série de factores em simultâneo, designadamente mergulho profundo a 28 metros, corrente muito forte e visibilidade reduzida no fundo (entre 6 e 8 metros). Foi um "cluster"explosivo que fez acelerar o consumo de gás e que, somado ao facto de alguns terem largado o cabo, tornou o mergulho impossível. Relembro-vos que nada teria de mal terem largado o cabo se isso tivesse sido feito por todo o grupo e se todos descessem em conjunto até ao fundo, visto que o spot em questão mantinha a profundidade por uma área enorme.
Relativamente ao grupo que teve a "sorte" de fazer o mergulho, tal como planeado no briefing, pode observar as espécies habituais do local, entre elas, os corais moles, esponjas, nudibrânquios, safias, judias e... as tão desejadas lagostas!! Essas sim, foram o ponto alto do mergulho. Primeiro uma aqui, um pouco mais à frente outra, nadámos um pouco e apareceram mais, e olha ali mais duas, e outra, e de repente..... Fomos brindados com uma visão dos mares! Parecia uma garrafeira! Lagostas por todo o lado! Só se viam antenas e mais antenas! Bonito de se ver, tínhamos atingido um dos objectivos deste mergulho! Pena o tempo de fundo, que apesar do nitrox, não nos deixou "vasculhar" um pouco mais a zona. Teríamos fortes possibilidades de avistar os sempre magníficos e esquivos meros que povoam aquela área e que temos observado por diversas vezes.
Doze horas! Uma saída, dois mergulhos. Destino "3 milhas", profundidade máxima 16 metros, alunos OW em diversos níveis e saída de passeio. Desta vez a visibilidade não ultrapassou os 6 metros, o que infelizmente nos impossibilitou de contemplar em plenitude os enormes cardumes de salemas e, principalmente, os cardumes massivos de carapaus em pleno frenesim alimentar. Fantástico! Restante fauna e flora habitual do spot em questão: bodiões (comuns e margotas), judias (muitas), nudibrânquios, de salientar um exemplar cor-de-laranja de boas dimensões, e ainda sargos e safias.
Gostaria ainda aqui de deixar os parabéns de toda a equipa DEEPDIVE aos novos mergulhadores certificados, Frederico, Hugo e Rui Malcata.
terça-feira, 3 de junho de 2008
..e no Domingo foi assim...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
ola TZ,
de Cadiz. quero agradecer-te a preparaçao que recebi na tua escola, muito bom! obrigada.além disso, o colete! os espanhois ficaram malucos,deves imaginar porquê :) quanto aos mergulhos, nao passaram dos 14 metros mas a visibilidade é no maximo 2 metros!!
até Sesimbra, assim espero. Flav.
Enviar um comentário